segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Cavaleiro de Espadas


Nas últimas semanas não há um dia em que este senhor não me apareça em alguma leitura que eu faça. Pelo nosso exessivo número de encontros, acabo não tendo mais prazer em suas auspiciosas visitas.
Tenho refletido no porque desses nossos encontros e, até mesmo sem muita reflexão, penso que suas visitas têm a mim como interesse.
Tenho andado irritadiço, propenso a discutir sobre qualquer coisa, atropelando os outros quando procuram expor suas idéias, impaciente com a lentidão de alguns raciocínios e, principalmente, impaciente comigo mesmo por estar me acomodando numa situação supostamente confortável, sem me arriscar, como sempre fiz, a buscar "novos ares".
O CAVALEIRO DE ESPADAS é muitas vezes a lembrança de que devemos e precisamos usar nossas mentes para encontrar soluções inovadoras do nosso dia-a-dia. Grande parte da sua força reside exatamente em ver as coisas sob uma ótica diferente do habitual, sempre efervescente de novas idéias, opiniões e soluções. Apesar de ser muito rápido e ativo, o equilíbrio está entre as suas qualidades e lhe é bastante necessário pois ele "cavalga" os ares, os ventos, brandindo sua espada, cortando excessos, velhas estruturas, idéias arcaicas. Só mesmo com muito equilíbrio para não despencar!
O CAVALEIRO DE ESPADAS tem um temperamento muito explosivo que quase sempre revela uma enorme raiva reprimida sob a couraça da sua armadura; armadura essa que ele usa para se proteger dos outros, para evitar que o firam, sem perceber que assim procedendo impede que as velhos machucados cicatrizem completamente...
Pois é, penso que esse intrépido jovem tem sido tão presente em minhas leituras que é para lembrar-me de amar mais e amar-me mais, também. Fazer aquilo que considero o mais difícil: perdoar-se.
Osho, no volume 1, capítulo 13 de seu livro "Take it Easy" diz o seguinte:
"Num momento estava lá, no momento seguinte desapareceu. Em determinado momento estamos aqui e em outro momento já passamos. E por este simpres momento, quanta confusão nós armamos: quanta violência, ambição, luta, conflito, raiva, ódio.
Apenas por um momento tão breve! Estamos tão somente aguardando o trem na sala de espera de uma estação e criando tanta confusão! Brigando, machucando-nos uns aos outros, tentando possuir, tentando comandar, tentando dominar - quanta política! Então o trem chega, e você se foi para sempre.

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