quarta-feira, 27 de julho de 2011

LUA




LUA

Conversando com amigos, o assunto que se estendeu por mais tempo e se desdobrou num maior número de opiniões, declarações e testemunhos foi o de quanto somos volúveis em algumas das nossas escolhas e preferencias.

Pessoalmente, tive uma fase na infância que os selos ocupavam todo o meu tempo livre. Descolá-los cuidadosamente com vapor d'água, deixá-los secar prensados entre folhas de livros e classificá-los em álbuns era um prazer inenarrável. Passados alguns anos e esquecidos em uma estante, cederam lugar aos livros. Os clássicos, os contemporâneos, os de produção independente, não importa, lia tudo o que me caía às mãos. Quando finalmente descobri que havia mais de um tipo de deque de Tarot, que não apenas o de Marseille, literalmente "pirei": queria-os todos. Meu primeiro salário profissional foi para pagar alguns que havia encomendado a uma amiga que estava indo a Buenos Aires. Até hoje continuo interessadíssimo pelos novos designers, pelos lançamentos de novos produtos sempre comprometendo meu orçamento além do razoável. Mas confesso que, entre essas enormes e arrebatadoras, vivi outras intensas "paixonites" por outros assuntos e interesses, durante todos esses anos.

Temos fases, como a Lua, em que estamos mais propensos ou sensíveis a algo. Necessariamente não perdemos o interesse pelo que gostamos, mas descobrimos e acrescentamos algo novo, que nos excita e encanta. No fundo, tudo acaba fazendo parte de uma grande coleção pessoal, que podemos chamar como quisermos: experiência, conhecimento, sabedoria, inconstância, fase, ilusão, superficialidade... sei lá. E nesse vai e vem continuamos, dissipando sombras, nessa nossa cambiante busca pela própria luz.

Alex Tarólogo
www.elementosdotarot.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradeço o seu comentário.
Em breve ele deverá ser exibido no Blog.
Namastê!