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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Baralho Lenormand (Baralho Cigano): a Criança (Snapchat: ALEXCARLOS60)


As melhores e menos apreciadas características das CRIANÇAS são simbolizadas, numa leitura cartomântica, pela carta de número 13 do Baralho Lenormand (também chamado de Baralho ou Tarô Cigano): a inocência, a pureza, delicadeza, carinho, simplicidade, otimismo, sinceridade, alegria, , bondade, sentido de renovação, e também o despreparo, o desconhecimento, o despreparo, a inexperiência, a inconsequência, a teimosia e a irresponsabilidade.

Lembrando sempre que esta postagem, como todas as demais feitas por mim, não pretende ser uma "regra", uma "fórmula" a ser copiada ou aceita, mas, simplesmente, a minha inspiração e conhecimento técnico, no momento  da escrita, ao comentar alguns dos aspectos interpretativos da carta.

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segunda-feira, 21 de junho de 2010

DESIDERATA

    JAMES RICKLEF, tarólogo, autor de diversos livros sobre o assunto (“Tarot: get the whole story”, “Tarot tells the tale”, entre outros, ainda não traduzidos e publicados no Brasil) e criador do TAROT OF THE MASTERS, em seu blog faz um exercício de livre-associação de idéias entre um texto (no caso, o clássico poema em prosa do filósofo, poeta e advogado norte-americano Max  Ehrman (1872-1945),“Desiderata”) e as lâminas do tarot.

     “Desiderata” é um dos mais belos textos sobre a necessidade de, sob quaisquer circunstâncias, manter-se a Fé, a Coragem, o Otimismo e a Esperança. Seu autor, exorta que “estejamos em paz com Deus, qualquer que seja a forma que o concebamos”, e a “mantermos a nossa alma em paz”. Ele ainda acrescenta que “com toda os enganos, sacrifícios e desilusões, ainda assim é um lindo mundo”.

     Com a devida permissão de Mr. James Ricklef, reproduzo o poema e suas “anotações tarológicas”, às quais, a título de ilustração, acrescentei as cartas referentes do “Cosmic Tarot”.

 

DESIDERATA

 

“Siga tranqüilamente entre a inquietude e a pressa,
lembrando-se de que há sempre paz no silêncio.

02_Major_Priestess a Alta Sacerdotisa ; Rei de Copas63_Minor_Cups_King


Tanto quanto possível sem humilhar-se,
mantenha-se em harmonia com todos que o cercam.

52_Minor_Cups_03 Três de Copas


Fale a sua verdade, clara e mansamente.
Escute a verdade dos outros, pois eles também têm a sua própria história.

36_Minor_Swords_Ace Ás de Espadas ; Rainha de Espadas48_Minor_Swords_Queen


Evite as pessoas agitadas e agressivas: elas afligem o nosso espírito.

40_Minor_Swords_05 Cinco de Espadas ; Cavaleiro de Paus75_Minor_Wands_Knight


Não se compare aos demais, olhando as pessoas como superiores ou inferiores a você:
isso o tornaria superficial e amargo.

14_Major_Temperance a Temperança ; a Diabo15_Major_Devil


Viva intensamente os seus ideais e o que você já conseguiu realizar.

67_Minor_Wands_04 Quatro de Paus ; Dois de Paus65_Minor_Wands_02


Mantenha o interesse no seu trabalho,
por mais humilde que seja,
ele é um verdadeiro tesouro na continua mudança dos tempos.

29_Minor_Discs_08 Oito de Ouros ; a Roda da Fortuna10_Major_Fortune


Seja prudente em tudo o que fizer, porque o mundo está cheio de armadilhas.

35_Minor_Discs_King Rei de Ouros ; a Estrela17_Major_Star


Mas não fique cego para o bem que sempre existe.
Em toda parte, a vida está cheia de heroísmo.

12_Major_Hanged o Pendurado ; Sete de Paus70_Minor_Wands_07


Seja você mesmo.
Sobretudo, não simule afeição

00_Major_Fool o Louco ; Rei de Copas63_Minor_Cups_King

e não transforme o amor numa brincadeira,
pois, no meio de tanta aridez, ele é perene como a relva.

53_Minor_Cups_04 Quatro de Copas ; Ás de Copas50_Minor_Cups_Ace


Aceite, com carinho, o conselho dos mais velhos
e seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude.

09_Major_Hermit o Eremita


Cultive a força do espírito e você estará preparado
para enfrentar as surpresas da sorte adversa.

08_Major_Justice a Força ; a Torre16_Major_Tower

 
Não se desespere com perigos imaginários:
muitos temores têm sua origem no cansaço e na solidão.

44_Minor_Swords_09 Nove de Espadas


Ao lado de uma sadia disciplina conserve,
para consigo mesmo, uma imensa bondade.

08_Major_Justice a Força ; Nove de Ouros30_Minor_Discs_09


Você é filho do universo, irmão das estrelas e árvores,
você merece estar aqui

00_Major_Fool o Louco

e, mesmo se você não pode perceber,
a terra e o universo vão cumprindo o seu destino.

10_Major_Fortune a Roda da Fortuna ; o Mundo21_Major_World


Procure, pois, estar em paz com Deus,
seja qual for o nome que você lhe der.

12_Major_Hanged o Pendurado ; o Hierofante05_Major_Hierophant

 
No meio do seu trabalho e nas aspirações, na fatigante jornada pela vida,
conserve, no mais profundo do seu ser, a harmonia e a paz.

68_Minor_Wands_05 Cinco de Paus ; o Mundo21_Major_World


Acima de toda mesquinhez, falsidade e desengano,
o mundo ainda é bonito.

54_Minor_Cups_05 Cinco de Copas ; Cinco de Ouros 26_Minor_Discs_05


Caminhe com cuidado, faça tudo para ser feliz
e partilhe com os outros a sua felicidade".

76_Minor_Wands_Queen Rainha de Paus 

 

DESIDERATA - Do Latim Desideratu: Aquilo que se deseja; aspiração.

Esse poema em prosa foi escrito pelo filósofo, poeta e advogado norte-americano Max Ehrman (1872-1945) em 1926.


Durante muito tempo acreditou-se ter esse texto sido encontrado na velha Igreja de Saint Paul, Baltimore, datado de 1692. Foi citado no livro "Mensagens do Sanctum Celestial", do Frei Raymond Bernard.

(c) Max Ehrman 1926

http://www.poetseers.org/the_great_poets/misc/desid/

Ilustração: COSMIC TAROT, por Norbert Losche

 

Em Julho:

CURSO DE TAROT: ARCANOS MENOREScom Alex Tarólogo

Duração: 16 aulas (4 meses) / Turmas às Terças e Sábados
Local: JARDIM DOS SENTIDOS – ESPAÇO HOLÍSTICO & LIVRARIA
(R. Barão de Ipanema, 94  Loja 103, em Copacabana – Rio de Janeiro)
Informações: (21) 2547-8939  e contato@jardimdossentidos.com.br

 

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Carta do Dia: ÁS DE OUROS

    Minor-Discs-AceVaudeville A moeda, com representação material do valor que os humanos atribuem à coisas e à serviços, é um motivo bastante persistente nos ensinamentos filosóficos quando se trata de avaliar-se a pureza (índole) de alguém. O dinheiro é uma potente metáfora para os desafios que testam a nossa integridade espiritual, refinam as nossas emoções e a nossa natureza, e nos aproximam da nossa verdadeira essência e, portanto, de Deus (por favor, substitua pela palavra que melhor defina o seu próprio conceito de divindade).

     Ainda que a carta do Ás de Ouros sugira atividade, essa atividade não significa que ela seja uma geradora de idéias (que, em verdade, é o que se espera do Ás de Paus), mas é um sintoma de que é o momento de amadurecer, de dar um sentido concreto, real aos dons inatos ou talentos adquiridos e utilizarmo-nos deles para obter algo na vida. Podemos dizer que se temos algum projeto ao qual gostaríamos de nos devotar inteiramente e para o qual temos as necessárias habilidades, um talento especial, o Ás de Ouros é uma notícia bastante alvissareira de que ele dará bons resultados e que as circunstâncias estão favorecendo para iniciarmos o nosso trabalho em realizá-lo. Nas leituras, quase sempre simboliza as boas coisas da vida, tais como saúde, beleza, prosperidade, e até mesmo tempo bom, que “vai dar praia”, se esse for o motivo da leitura, evidentemente, tal é o seu vínculo com tudo o que nos é conhecido, visível, palpável. Podemos interpretar o Ás de Ouros como um presente que o Universo nos oferece, num determinado momento de nossas vidas, bastando que reconheçamos isso e o usemos da melhor maneira possível,  não o desperdiçando. Tradicionalmente essa carta é considerada “de boa sorte”, a mais promissora entre todas as 56 cartas que compõem os Arcanos Menores do tarot.

     Essa carta representa, também, a natureza dupla do ser humano, pois, como uma moeda, temos duas faces, dois lados que representam o nosso caráter. Num dos lados, estão nossas experiências e nossas expectativas. No outro, as situações futuras e seus resultados. Se um lado questiona: “De onde vim? Como foi que eu fui formado?”, o outro argumenta: “Para o que foi que eu vim? Ao que eu devo dar forma?”. Todos nós somos possuidores de alguns aspectos bastante extraordinários e de outros bem mais comuns. Cada ser humano é possuidor de habilidades e também de desvantagens. Aceitando aquilo que somos, de que somos feitos, que possuímos como nosso, que nos caracteriza e identifica, nós nos tornamos aptos para  descobrimos os nossos dons e os desenvolvermos. E quando falo em talentos ou habilidades não estou me referindo a nada excepcional (ainda que possa muito bem incluí-los), nada que nos faça entrar para o Livro do Guinness. Aceitando e integrando nossas características especiais, aquelas que nos são únicas e exclusivas, acabamos por determinar quais são os nossos talentos ou dons.

     O problema que o Ás de Ouros pode representar é o de ser um obstáculo ao desenvolvimento espiritual, algo bastante inerente ao naipe de Ouros (Pentáculos, Moedas, Pedras, Discos). Nós corremos os risco de não sabermos apreciar esse presente, esse benefício que nos é oferecido pelo Universo e nos tornamos gananciosos e egoístas, podendo nos deixar prender unicamente à superficialidade ou à forma das coisas, mas não ao seus valores mais intrínsecos. Basta pensarmos em quantos relacionamentos, por exemplo, terminam porque o que é amado é a moeda (a forma) e não o seu valor (o que o indivíduo, supostamente amado, significa ou tem a oferecer).

     Não nos é difícil reconhecer quantas pessoas, bem além da puberdade, continuam a escolher seus parceiros com o único propósito de usá-los para impressionar os outros. A pessoa de mais idade que quer ter uma beleza jovem como companhia apenas para que as outras pessoas a admirem e invejem. A pessoa mais jovem que escolhe alguém bem mais idoso, não por admirar sua sabedoria, inteligência ou bondade, mas pelo novo carro do ano e pelos presentes caros com que é agraciada. O parente, de quem os familiares sentem-se envergonhados, por ele ter uma desabilidade física ou mental qualquer, e que é deixado só. Será que a melhor oportunidade de emprego e sempre aquela que melhor paga? Será que o melhor companheiro de viagem é aquele que pode viajar dentro do mesmo estilo e padrão ao qual estamos acostumados? Essas questões todas também estão relacionadas ao plano material, ao nosso dia a dia, às nossas ações, relações, à maneira que vivemos, interagimos, nos comportamos e produzimos. Esse é o mundo retratado pelo naipe de Ouros e que é associado  ao elemento Terra. O mundo de Malkuth, a 10ª Sephirah (Esfera) da Árvore da Vida.

     Nesta quinta-feira, regida pelo otimista, generoso e opulento Júpiter, e com a Lua Cheia na casa de Sagitário, seria bastante interessante se encontrássemos um tempo para refletirmos sobre o nosso papel no mundo. Será que queremos passar por ele “em brancas nuvens” ou vamos optar por carregar todo o seu peso em nossos ombros? Aproveitemos a energia representada pelo Ás de Ouros, a nossa Carta do Dia, para nos proporcionarmos um novo renascimento, um novo começo, uma limpeza no espírito e partamos para a conquista de um mundo melhor, com criatividade e paixão.

Tenham todos um dia que propicie o encontro de novos valores no curso de nossas vidas!

Imagem: VAUDEVILLE TAROT, por F.J.Campos

sábado, 16 de janeiro de 2010

Carta do Dia: 8 DE OUROS

     29-Minor-Discs-08housewives Tenho um grande amigo que é um dos exemplos mais próximos que eu conheço do que a Carta do Dia de hoje, o 8 de Ouros, simboliza.

     Nascido numa família de suíços-brasileiros, aprendeu desde cedo a falar fluentemente em 3 idiomas e, como a grande maioria dos rapazes da sua época, uma educação bastante formal nos melhores colégios. Naquela época, trabalhar numa companhia aérea era o sonho de grande parte dos jovens, pela glamour que ainda havia na idéia de viajar de avião. Nada que pudesse lembrar o verdadeiro caos e exercício de paciência em que haveria de se tornar poucas décadas depois.

     Conseguiu, após inúmeros testes ser aprovado para serviço de terra (trabalhar no balcão) da mais famosa companhia aérea brasileira de então e, pouco tempo depois, devido à sua facilidade de expressar-se, ao seu desembaraço em línguas, simpatia incomum e facilidade de adaptação, estava chefiando o mais importante escritório dessa companhia em Genebra.

     Foram anos de grandes experiências, de muito aprendizado, de descobertas, mudanças e transformações, inclusive (infelizmente) na própria companhia, que acabou, primeiro, fechando seus escritórios no exterior e depois literalmente falindo, tendo sido vendida e revendida diversas vezes. Mas meu amigo, apesar de ter enfrentado todos esses revezes com bastante coragem, acabou desempregado, tendo que recorrer à justiça, num interminável processo, para a obtenção de seus muito justos salários e direitos trabalhistas devidos.

     Para ele, o retorno ao país, desempregado e numa época de grande recessão e dificuldade de oportunidades, foi novamente um período de adaptação, um verdadeiro desafio que o seu desenvolvimento espiritual, a sua compreensão de si mesmo e do mundo ajudou-o a suportar.

     Em seus longos anos na Europa, como sempre foi um excelente gourmand, grande descobridor de excelentes bistrôs, restaurantes, frequentando desde as pequenas feiras de rua, com seus produtos frescos e únicos, até os mais sofisticados salões da alta gastronomia internacional, decidiu acrescentar ao seu currículo um curso de culinarista, feito na mais reconhecida escola suíça da época. Diga-se que essa escolha não teve nenhuma outra pretensão do que a de expandir os seus conhecimentos. Curiosidade, prazer, interesse pessoal.

No seu retorno, ainda que abatido pelas dificuldades que enfrentava pela perda de um emprego que muito gostava e no qual havia dedicado muitos anos de sua vida, começou a reencontrar os velhos amigos, antigos companheiros de bancos escolares e a convidá-los para jantares regados a excelente comida, ótimo papo e boa música. Recordações eram embaladas pelos aromas e sabores que ele mesmo criava em sua cozinha para o deleite de todos que não se cansavam de elogiar seus, até então, desconhecidos dotes culinários. Naturalmente, convites à almoços ou jantares em sua casa passaram a ser disputados e começaram a surgir os pedidos para que ele preparasse na casa de alguém um jantarzinho de aniversário, um coquetel para receber amigos que passavam pela cidade, etc.

     Em pouco tempo, não só ele era conhecidíssimo pelo seu talento, mas ele mesmo começou a especializar-se, produzindo aquilo que havia percebido ainda não existir no mercado local: terrines. Essa especialidade francesa não apenas veio a ser o seu cartão de visitas mas o seu passaporte para uma nova viagem proposta pelo destino. Hoje, aquilo que começou como um simples hobby, uma maneira delicada de retribuir convites e juntar amigos queridos, tornou-se seu verdadeiro trabalho, onde encontrou sua verdadeira forma de expressão e a necessária recompensa econômica.

     Isso é o que o 8 de Ouros anuncia: o surgimento de um tempo de descoberta de talento, estudo, pesquisa, planejamento, trabalho intenso, ensaios até o perfeito desenvolvimento de habilidades que pode ocorrer a qualquer época da vida, mas que é muito comum manifestar-se quando a pessoa já parece ter cumprido todo um longo percurso e se encontra em posição estável. É quando se toma consciência que o dinheiro ou a fama não são as maiores recompensas dos nossos esforços, mas a felicidade inerente ao processo do próprio trabalho. É quando percebemos que nosso desenvolvimento espiritual, tendo se transformado numa sólida base para a compreensão das nossas ações, nos faz ver que a importância do que fazemos está diretamente ligada ao bem que esse trabalho traz a todos que dele dependem ou se aproveitam. É termos grande entusiasmo em adquirir e desenvolver novas habilidades e conseguirmos compreender que ainda não consumimos todos os nossos potenciais, podendo assim a continuar investindo e crescendo em outros empreendimentos.

     Portanto, quando o 8 de Ouros surgir numa leitura de tarot, dependendo sempre da sua localização e das cartas que lhe são próximas, ele pode estar-lhe avisando que aquele seu hobby de pintura em porcelana, aquele seu talento para bordados em ponto-cruz, aquele seu conhecimento sobre radiestesia e radiônica, aqueles seus contos e escritos que vão se acumulando nas gavetas podem ser a chave para a descoberta do mais rico dos tesouros: a felicidade. Por que não repensar a respeito deles? Por que não aceitar riscos bastante calculados, agindo com prudência, com cautela, sem nenhuma precipitação (pois tudo tem, e vem, ao seu próprio tempo), com esmerada dedicação e entusiasmo e transformar numa nova e bastante pessoal forma de expressão?

      Lembre-se que a única coisa constante na vida é a mudança. Portanto, adapte-se à elas com uma mudança interior e exterior que irão se refletir em suas atitudes, nos seus sentimentos, em novas energias e situações.

     Medite a respeito, aproveite o sábado com muita alegria e tenha um ótimo final de semana!

Ilustração: HOUSEWIVES TAROT

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Carta do Dia: 3 de Paus

   66-Minor-Wands-03ramsestarotofeternety   Ontem a carta tema do dia foi o 3 de Copas e hoje, o 3 de Paus. Há nessa presumível “coincidência” um recado importante: estamos passando por um estágio em que tudo aparenta estar dando certo, que vai acabar tudo muito bem, da maneira exata como planejamos e que já podemos ter a vitória como garantida. Mas lembrem-se: o 3 é uma das primeiras cartas da sequencia de 10 (Ás, dois, tres,….,nove, dez) dos Arcanos Menores.

     Ela ainda nos fala de começos, de estágios iniciais, de potenciais que ainda estão em desenvolvimento. É um momento, no transcorrer de um longo percurso em que experimentamos uma primeira manifestação de satisfação, de que estamos no caminho certo e de que tudo nos parece fácil demais. As pessoas, sejam clientes, amigos, amores, contatos importantes, aparecem “caídas do céu”; o projeto dá um salto à frente e a idéia original parece abençoada por todas as forças do Universo. OK, tudo certo e é por aí mesmo. Mas temos que ter em mente que estamos vivendo uma amostra, um aperitivo do que poderemos vir, no futuro, vir a experimentar na totalidade e com maior permanência se continuarmos a nos esforçar, investindo na idéia e nos meios de realizá-la.

     O naipe de Paus faz referência, entre outras possibilidades, à intuição, meditação, compreensão, criatividade, espiritualidade, produção, continuidade, transformação, evolução, obtenção de resultados. Estar em harmonia consigo mesmo e com o mundo, ou seja, estar centrado, é uma das condições para saber-se o que se quer fazer, realizar verdadeiramente e o quanto isso poderá, também, beneficiar uma ordem cósmica pré-estabelecida. O 3 de Paus nos alerta de que possivelmente tenhamos, finalmente, encontrado o nosso objetivo de vida, estando conscientes da nossa potencialidade, envoltos numa sabedoria interior que elimina quaisquer dúvidas, confiantes no futuro e capazes de visualizar, realisticamente, novas metas e empreendimentos, preparados e prontos, enfim, para partirmos em busca da concretização dos nossos propósitos e ideais.

     Numa consulta de tarot, quando o 3 de Paus surge (evidentemente dependendo de sua posição no esquema do jogo), ele pode também significar o dar ou receber apoio de amigos, parentes, conhecidos; intensa vontade de viver a vida com voluptuosidade; melhoria sensível no trabalho e nos negócios; necessidade de explorar algo novo, desconhecido; um tempo de gestação, onde a paciência é necessária para aguardar os resultados de investimentos ou escolhas feitas anteriormente; viagens de negócios; necessidade de ter, ou manter o autocontrole; investir na busca de um novo amor, de um novo trabalho, de um novo grupo de amigos, de um novo interesse enquanto se mantém, ainda, relacionamentos e compromissos anteriores; boa sorte; ter espírito empreendedor; sentir uma necessidade interna de fazer as coisas à sua maneira, que lhe dêem sentido à vida e que permitam o seu total exercício da criatividade.

     Muitas vezes essa carta nos alerta, também, de que devemos ter mais compaixão, ou seja: aceitarmos e compreendermos as outras pessoas com total tolerância por todos os seus aspectos, carregando-os, fornecendo-lhes o necessário suporte e apoio. Isso pode nos causar um desgaste razoável de energia, especialmente em situações que se prolongam, e é preciso, então, nos fortalecermos física e espiritualmente para melhor servirmos e sobrevivermos. Esse estado de elevação espiritual, de sabedoria interior, de paz e harmonia física, mental e espiritual pode ser atingida de diversas maneiras e cada um deve procurar a que melhor lhe atenda. A meditação é uma delas, favorecendo a concentração e o encontro com o nosso verdadeiro “centro”.

     Aproveite o dia de hoje para fazer algo que lhe dê muito prazer, como uma recompensa pelos esforços que vem empenhando na conquista de seus planos de realização. Curta-se e curta a vida com bastante intensidade. Reconcilie-se com o seu passado e siga em frente, com fé, com muita autoconfiança, crente de que os resultados dos seus verdadeiros desejos estão lhe aguardando mais adiante. Otimismo e disposição são palavras-chave.

     E, evidentemente, tenha um excelente dia!

Imagem: RAMSES TAROT OF ETERNITY

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Carta do Dia: A TORRE

16-Major-Towerp      A Carta do Dia de hoje é daquelas que quando sai numa tiragem, a gente tem vontade de embaralhar tudo novamente e tentar mais uma vez. Mas não é por aí e, aliás, ela alerta para isso mesmo: não enfrentarmos as situações e nem aceitarmos ou permitimos que elas se apresentem e nos transformem, ainda que isso venha contrariar nossos planos, nossos desejos, nossa vontade, nossas esperanças.

     A Torre nos fala daqueles eventos absolutamente indesejados, inesperados, aquelas peças que o Destino (Carma) nos prega e nos pega, geralmente, de surpresa, fazendo uma verdadeira revolução em nossas vidas. Normalmente, tudo vem abaixo, tudo se rompe, se quebra, se desmancha obrigando-nos a cair do alto das nossas ambições, do nosso orgulho, da nossa vaidade, do nosso bem nutrido ego, das nossas ilusões e fantasias e, nessa queda, permitindo que coloquemos novamente os pés no chão, aterremos e comecemos do zero.

     Situações anunciadas ou simbolizadas pela Torre são muito comuns, tais como o fim de um casamento que há muito já havia estagnado, a perda do emprego ou de um cargo importante, a falência de um negócio, a sempre indesejada e evitada notícia de uma doença grave, um acidente com sérias consequências, etc. Enfim, tudo aquilo que a gente tem muito medo que aconteça ou, mesmo, nem tem conhecimento de que pode ou está para acontecer.

     O que é necessário compreender é que muitas vezes a única maneira de evoluirmos é através de um acontecimento radical, normalmente externo, que nos obrigue a abandonar definitivamente velhos conceitos, estruturas de defesa, argumentos ultrapassados, o total comodismo, uma vida de pura fantasia, a falta de conexão com a realidade e a Torre é a representação desse doloroso evento.

     A Carta da Semana (verifique a postagem de Domingo, dia 03/01/2010) alertava para um encontro com as nossas mais profundas verdades, o nosso eu mais escondido, aquele ser que realmente somos quando não estamos usando nossas múltiplas máscaras sociais: o Diabo. O Arcano de hoje, de nº 16 no tarot, é a carta seguinte àquele diabólico senhor, o que significa que, ao nos defrontarmos com tudo aquilo que passamos a vida tentando “maquiar”, disfarçar, esconder, subtrair, ao enfrentarmos a verdade dos fatos, desse confronto nunca mais sairemos os mesmos. Nossa tendência, a partir de então, será rompermos com velhas construções psicológicas, o abandono de formas reativas de agirmos, o desprezo ao fato de nos escondermos atrás de personas sociais que criamos na vã esperança de sermos melhor aceitos, amados, desejados, reverenciados.

     Existe dor nessa queda para a realidade? Nesse implodir de velhas construções interiores? Claro que sim. É o fim de ilusões e sonhos longamente alimentados. É o ter que assumir novas responsabilidades, novos pontos de vista, novos comportamentos: assumir o seu eu verdadeiro. Mas o que não podemos perder de vista é que o nada no Universo conspira contra nós e que, mesmo dentro de uma situação caótica, confusa, assustadora, ele está nos oferecendo uma possibilidade de aprendizagem e, através dessa experiência, o nosso desenvolvimentos como seres físicos e espirituais.

     Num aspecto mais prático, numa maneira mais divinatória, quando a Torre aparece numa leitura (e, não se esqueça, sempre dependendo do local onde ela se encontra e relacionada a quais outras cartas) ela também pode significar o seguinte: doença grave; aborto; queda física; dor de cabeça, doenças mentais; fratura de ossos; problemas de coluna; mudança de casa; reforma em imóvel; fim de uma relação (namoro, casamento, sociedade, etc); acidente (carro, moto, avião); problemas com explosivos, tipo fogos de artifício, explosões de gás; falência, concordata, dívidas. Enfim, nesses poucos exemplos nós vemos que o que pode advir, a fim de que se provoque uma grande mudança, é qualquer coisa de indesejado ou inesperado, uma verdadeira e imprevista catástrofe.

     Mas tenha sempre em mente que a Esperança é a carta subsequente à Torre e, que todas as experiências, quando vividas (ainda que dolorosa, mas conscientementes) só trazem benefícios, fazendo com que o nosso carma se realize e que novas e melhores oportunidades se apresentem à nossa frente.

     Hajam com bastante cautela no dia de hoje, mantendo o espírito elevando, fazendo suas orações pedindo a proteção de seus anjos da guarda, seus guias ou mentores espirituais, as entidades e santos a que devotam fé. Não há nada que o cultivar uma conexão estreita com o Divino não nos ajude a evitar, enfrentar, superar e aprender daquilo que temos de viver.

     Com muita fé, tenham todos um ótimo dia!

Ilustração: FULL MOON DREAMS TAROT, de Lunea Weatherstone

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Carta do Dia: 5 DE ESPADAS


Numa dessas festas de final de ano encontrei uma querida amiga que já algum tempo não via.
Estávamos atualizando nossos assuntos quando ela comentou o quão estressada estava pois iria receber parentes de diversas cidades para o Natal e esses encontros sempre acabavam numa verdadeira "lavagem de roupa suja".
Comentava ela que, apesar de todos se relacionarem bem quando distantes, isso tudo parecia se deteriorar muito rapidamente quando se encontravam e as festas de final de ano e os velórios (!) pareciam ser as datas de escolha para que velhas implicâncias, ciúmes e invejas antigas, frustrações e pequenos desentendimentos aflorassem de maneira bastante incandescente. Ao final, quem saía bastante destruída desse ringue era ela própria, pois vivia o conflito de todos, os seus próprios, acabava também extravazando suas mágoas e rancores e, ainda por cima, tinha que dar uma de juiz, de conselheira, de terapeuta, etc e tal. Como seria natural, acabava não havendo vencedores e nem vencidos, apenas gente profundamente magoada por todos os lados.
Nesse nosso encontro ela me disse que, exatamente por isso, a simples idéia de festas natalinas e a constatação de que elas se aproximavam, lhe provocavam as mais diversas e terríveis formas de medo e aflição.
Hoje pela manhã, ao ver que a Carta do Dia era o 5 de Espadas, lembrei-me imediatamente dessa nossa conversa.
Esse arcano é considerado um dos mais difíceis de serem interpretados pelos tarólogos. Em princípio ele alerta para brigas, discussões, críticas, traição, derrota, abatimento, humilhação, inveja, vingança, infâmia, infortúnio, sadismo, falta de escrúpulos, demissão de emprego, armadilhas, e todas as outras maneiras que vocês conseguirem se lembrar que possam tornar a vida de qualquer ser humano num verdadeiro inferno, num infindável pesadelo.
Pois é: essa carta, numa leitura de tarot, pode representar tudo isso mesmo. Mas, e é muito importante que percebamos isso, ela representa sobretudo o nosso próprio medo de vivenciarmos essas derrotas, esses fracassos, de sucumbirmos a essas ditas armadilhas, etc caso eles realmente se apresentem.
Ela, em verdade, prenuncia uma energia bastante negativa, fruto da nossa própria mente, que está incapaz de reconhecer que o medo que sentimos é de natureza irracional , não significando, de forma alguma, uma situação real.
Para libertar-se desse medo (de sucumbir, de perder a batalha, de sofrer, de ... tantas coisas!) é preciso, antes de mais nada reconhecê-lo e aceitá-lo. Só assim tomamos real consciência da sua dimensão, da sua importância e podemos combatê-lo.
O estresse, as pressões do nosso dia a dia parecem mesmo se acumular para serem regurgitadas ao final de ciclos (fim do ano, velórios, aniversários, por exemplo). É uma panela de pressão que ao explodir, espalha não só o seu conteúdo como também parece acrescentar a ele tudo o mais que um dia nela já foi contido.
O que eu aconselharia a essa minha amiga seria peguntar-se: "Vale a pena?", "O que e por que é tão importante para mim provar que os outros erram ou erraram e eu estou certa?", "Estarei procurando impor os meus interesses (sentimentos, frustrações, medos, angústias, incapacidades, desesperanças, falta de fé) sobre os dos demais?", "Quem irá lucrar (melhorar, progredir, transmutar, evoluir, crescer) com isso?", "O que essa experiência irá me ensinar (para o meu crescimento, minha evolução, meu progresso, minha melhora em todos os aspectos) se eu vivenciá-la?".
E continuando com o minha sugestão eu diria a ela para analizar de maneira fria e bastante imparcial a situação como um todo (afinal é uma carta de Espadas = Ar = Mental) e enfrentar tudo da melhor maneira possível, isso, é claro, depois de reconhecer a sua parcela de participação para que as coisas chegassem ao ponto em que chegaram. Superar o medo de perder o controle, de enfrentar situações que possam parecer penosas, o medo de perder uma batalha, de ser derrotada em algum argumento. Desisitir do orgulho.
Enfim, o antídoto para vencer o 5 de Espadas está exatamente no otimismo, na coragem, na harmonia interior, nas ações positivas. Lembre-se que o chamado "destino" pode ser alterado quando estamos equilibrados e trabalhando nos nossos objetivos.
Portanto, aproveitem a noite de hoje para celebrarem exatamente o nascimento de uma filosofia, de uma ética, de uma idéia que nos ensinou o amor e, por conseguinte, a compaixão: o carregar os nossos fardos e, ainda sob o peso dos mesmos, ajudarmos aos nossos semelhantes carregarem os deles.
É tempo de celebrar a vida e tudo o que ela de bom tem para nos oferecer. O que passou, passou. Só volta se quisermos, e ainda assim, alterado, destitiuido de valor e importância, cheirando a mofo.
Vivencie o amor incondicional. Mas in-con-di-ci-o-nal mesmo!
E Boas Festas!