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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Carta do Dia: A TORRE

16-Major-Towerp      A Carta do Dia de hoje é daquelas que quando sai numa tiragem, a gente tem vontade de embaralhar tudo novamente e tentar mais uma vez. Mas não é por aí e, aliás, ela alerta para isso mesmo: não enfrentarmos as situações e nem aceitarmos ou permitimos que elas se apresentem e nos transformem, ainda que isso venha contrariar nossos planos, nossos desejos, nossa vontade, nossas esperanças.

     A Torre nos fala daqueles eventos absolutamente indesejados, inesperados, aquelas peças que o Destino (Carma) nos prega e nos pega, geralmente, de surpresa, fazendo uma verdadeira revolução em nossas vidas. Normalmente, tudo vem abaixo, tudo se rompe, se quebra, se desmancha obrigando-nos a cair do alto das nossas ambições, do nosso orgulho, da nossa vaidade, do nosso bem nutrido ego, das nossas ilusões e fantasias e, nessa queda, permitindo que coloquemos novamente os pés no chão, aterremos e comecemos do zero.

     Situações anunciadas ou simbolizadas pela Torre são muito comuns, tais como o fim de um casamento que há muito já havia estagnado, a perda do emprego ou de um cargo importante, a falência de um negócio, a sempre indesejada e evitada notícia de uma doença grave, um acidente com sérias consequências, etc. Enfim, tudo aquilo que a gente tem muito medo que aconteça ou, mesmo, nem tem conhecimento de que pode ou está para acontecer.

     O que é necessário compreender é que muitas vezes a única maneira de evoluirmos é através de um acontecimento radical, normalmente externo, que nos obrigue a abandonar definitivamente velhos conceitos, estruturas de defesa, argumentos ultrapassados, o total comodismo, uma vida de pura fantasia, a falta de conexão com a realidade e a Torre é a representação desse doloroso evento.

     A Carta da Semana (verifique a postagem de Domingo, dia 03/01/2010) alertava para um encontro com as nossas mais profundas verdades, o nosso eu mais escondido, aquele ser que realmente somos quando não estamos usando nossas múltiplas máscaras sociais: o Diabo. O Arcano de hoje, de nº 16 no tarot, é a carta seguinte àquele diabólico senhor, o que significa que, ao nos defrontarmos com tudo aquilo que passamos a vida tentando “maquiar”, disfarçar, esconder, subtrair, ao enfrentarmos a verdade dos fatos, desse confronto nunca mais sairemos os mesmos. Nossa tendência, a partir de então, será rompermos com velhas construções psicológicas, o abandono de formas reativas de agirmos, o desprezo ao fato de nos escondermos atrás de personas sociais que criamos na vã esperança de sermos melhor aceitos, amados, desejados, reverenciados.

     Existe dor nessa queda para a realidade? Nesse implodir de velhas construções interiores? Claro que sim. É o fim de ilusões e sonhos longamente alimentados. É o ter que assumir novas responsabilidades, novos pontos de vista, novos comportamentos: assumir o seu eu verdadeiro. Mas o que não podemos perder de vista é que o nada no Universo conspira contra nós e que, mesmo dentro de uma situação caótica, confusa, assustadora, ele está nos oferecendo uma possibilidade de aprendizagem e, através dessa experiência, o nosso desenvolvimentos como seres físicos e espirituais.

     Num aspecto mais prático, numa maneira mais divinatória, quando a Torre aparece numa leitura (e, não se esqueça, sempre dependendo do local onde ela se encontra e relacionada a quais outras cartas) ela também pode significar o seguinte: doença grave; aborto; queda física; dor de cabeça, doenças mentais; fratura de ossos; problemas de coluna; mudança de casa; reforma em imóvel; fim de uma relação (namoro, casamento, sociedade, etc); acidente (carro, moto, avião); problemas com explosivos, tipo fogos de artifício, explosões de gás; falência, concordata, dívidas. Enfim, nesses poucos exemplos nós vemos que o que pode advir, a fim de que se provoque uma grande mudança, é qualquer coisa de indesejado ou inesperado, uma verdadeira e imprevista catástrofe.

     Mas tenha sempre em mente que a Esperança é a carta subsequente à Torre e, que todas as experiências, quando vividas (ainda que dolorosa, mas conscientementes) só trazem benefícios, fazendo com que o nosso carma se realize e que novas e melhores oportunidades se apresentem à nossa frente.

     Hajam com bastante cautela no dia de hoje, mantendo o espírito elevando, fazendo suas orações pedindo a proteção de seus anjos da guarda, seus guias ou mentores espirituais, as entidades e santos a que devotam fé. Não há nada que o cultivar uma conexão estreita com o Divino não nos ajude a evitar, enfrentar, superar e aprender daquilo que temos de viver.

     Com muita fé, tenham todos um ótimo dia!

Ilustração: FULL MOON DREAMS TAROT, de Lunea Weatherstone

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Carta do Dia: REI DE OUROS

     Parece que 2010 está começando com o elemento terra35-Minor-Discs-Kinglunea levando vantagem. Sábado tivemos, como Carta do Dia, o 6 de Ouros, ontem o materialismo do Diabo e hoje o Reide Ouros. É, há que se pensar a respeito.

     O exemplo real do Rei de Ouros é a daquele sujeito que, através de muito trabalho, conseguiu amealhar uma respeitável condição econômica que lhe permite viver com muita tranquilidade e usufruindo de todos os confortos que a vida tem a lhe oferecer. Acho que todos nós conhecemos alguém assim, não é mesmo? Nem que seja apenas através das informações dos meios de comunicação ou da capa das revistas sensacionalistas.

     É aquele, por exemplo, imigrante que aqui chegando abre uma vendinha de secos e molhados e, anos depois, com a ajuda da mulher e dos filhos, é dono de uma rede poderosíssima de hiper-mercados. Tudo conseguido de maneira absolutamente correta, com o árduo trabalho diário, contando com um “faro” para fazer bons negócios, comprar e vender na hora certa, aplicar em investimentos sólidos e, portanto, seguros, defendendo com unhas e dentes os seus interesses frente à concorrência e sendo muito prático na condução de seus negócios.

     É um homem que, apesar de manter uma grande discrição, evitando expor-se e à sua família nas colunas sociais, ainda assim galga os mais altos caminhos da conquista do status quo e do seu sonho de realização material, aproveitando o que de melhor a vida tem a lhe oferecer em temos de conforto, bem estar e prazer.

     A fato interessante desse arcano ter saído subsequente ao Diabo é o fato de que o Rei de Ouros é o homem (ou mulher, pois as cartas do tarot, indiferentemente ao sexo do personagem, não refletem o gênero de quem delas se aproveita) que enfrentou sua própria “sombra”. Aprendeu a discernir os seus aspectos íntimos menos favoráveis, os socialmente mais criticados e reprimidos e, consciente deles, aprendeu a tolera-lo e domina-los podendo, por isso, crescer sem o medo de perder-se de si próprio. Conhecendo os seus aspectos negativos, não será mais vítima deles possibilitando-lhe usufruir das possibilidades, oportunidades e benefícios que se lhe apresentam sem se deixar corromper por eles. Essa é a grande diferença entre o Rei de Ouros e o Diabo têm no trato dos aspectos materiais da existência.

     Quando, numa jogada, esta carta aparece é indicativa de muita saúde, de um tempo de grande prosperidade, de sucesso nos empreendimentos, de vitória nas realizações. Ela representa uma pessoa muito prática, bondosa, excelente provedora, amorosa, paciente, generosa, profissionalmente muito bem sucedida e que está colhendo o que semeou ao longo do caminho.

     O que também deve ser considerado, numa leitura de tarot, é o aspecto menos favorável que esse arcano pode estar indicando: o de que a pessoa está se tornando muito preguiçosa e acomodada, deixando-se levar pela necessidade de uma vida, digamos, extremamente luxuosa e assim dilapidando seu patrimônio e envolvendo-se em dívidas. Lembra-se daquele ditado: “Avô milionário, pai rico e netos pobres”? Pois é… O Rei de Ouros é a imagem da ambição humana, em todos os seus aspectos, que quando bem exercitada, sem medos, culpas, angústia ou imprudência, pode levar a uma vida de grandes realizações e de compartilhamento com o próximo.

    

Bom Dia e ótimo início de semana!

A carta usada na ilustração é do FULL MOON DREAMS TAROT, de Lunae Weatherstone

sábado, 2 de janeiro de 2010

Carta do Dia: 6 DE OUROS


As notícias na TV não se cansam de mostrar as mesmas cenas: cascatas de fogos de artifício explodindo nos céus das maiores cidades do mundo e a tragédia que as chuvas provocaram em diversos pontos do país.

Entre uma cena de absoluta alegria, com pessoas se abraçando num cenário de brilhos e cores, e outra onde casas alagadas, pessoas desabrigadas começando o novo ano acampadas em lugares que os órgãos governamentais disponibilizaram, algo fica evidenciado: muitos com tanto para dar e tantos aptos a aceitarem alguma forma de doação.

Nesta manhã, ao aparecer o 6 de Ouros como a Carta do Dia, experimentei um profundo agradecimento ao Universo por estar comunicando a necessidade de meditarmos, e muito, a respeito do dar e do receber, pois esse arcano nos fala exatamente sobre isso. Sabemos que a palavra caridade é o sustentáculo de diversas religiões. Repartir com o outro (e toda qualquer pessoa é o “outro”) algo que nos é importante (sentimentos, bens materiais, conhecimento, etc) é uma condição necessária para que as energias interajam e continuem fluindo. Isto é, quando mais damos, mais criamos condições para novamente recebermos. É como os cabalistas explicam a maneira pela qual recebemos de Deus (do Universo, de algo superior, do divino, enfim, não importa como você se refira a algo que nos escape, pela sua própria essência à nossa completa compreensão) tantos benefícios, de forma continuada desde que nos mantenhamos receptivos a eles. Se nos imaginarmos como vasos, taças, receptáculos que são preenchidos continuamente pela graça divina, então, para que esse fluxo não se interrompa precisamos estar, também, continuamente doando e assim criando mais espaço para recebermos.

Numa das reportagens, a mãe de 14 filhos que teve sua casa e todos os seus pertences levados pelos desabamentos e enxurradas, falava da sensação de gratidão (!!!) por sua prole e ela mesma não terem sofrido nenhum dano físico e que assim que as chuvas parassem, ela iria procurar um novo lugar para reconstruir seu lar. O que ela estava dizendo, naquele momento, é que o maior bem que possuímos, nossa maior riqueza é a possibilidade de recomeçarmos e de estarmos preparados para recebermos, agradecidos e prontos para também sermos generosos com os demais, toda a ajuda que o Universo nos disponibiliza.

Numa outra emissora, uma outra senhora contava que haviam, ela e toda a sua família, passado a noite de reveillon ajudando no socorro das vítimas do desmoronamento de uma pousada próxima à sua residência. Deixou sua ceia, o conforto de sua casa, enfrentou a noite, a chuva, os perigos de outros deslizamentos de terra, mas foi lá levar sua doação, sua contribuição, de maneira totalmente espontânea e à pessoas desconhecidas.

Essas duas pessoas muito bem retratam uma situação real que o 6 de Ouros simboliza: que a fé na vida e na nossa própria capacidade pode ser confrontada e reestabelecida através de um evento surpreendente, um lance de boa sorte, ganhos inesperados que não só nos beneficie mas que nos permita compartilhar desses mesmos benefícios com os outros.

Sermos generosos, dando aos outros não o que está sobrando mas o que elas estão precisando ou em condições de receber, é condição básica para que se estabeleça um intercâmbio e fluxo maior de energia que nos beneficie a todos. Não ter arrogância ao receber, estarmos abertos ao que os outros têm para nos dar e apreciarmos esse compartilhamento com o coração leve, é a nossa parte nessa mecânica.

O surgimento de um 6 de Ouros numa leitura também sugere que é chegada a hora de aproveitarmos as condições favoráveis (generosidade) que as pessoas, as situações, a própria vida está a nos oferecer. É sinal de boas relações, lucro material, de sucesso e crescimento no trabalho, além de harmonia e felicidade no amor.

É claro que o tarot sempre nos alerta para o lado “sombra” que há em todas as cartas: adverte para aquela prodigalidade impensada, ao fato de nos desfazermos de nossas posses na vã ilusão (e orgulho) de que estamos praticando caridade, evitar gastos demasiados e desnecessários e, finalmente, refletir muito antes de emprestar dinheiro ou objetos pois há grande chance de levar um tempo enorme para tê-los de volta e isso se algum dia voltarmos a vê-los.

Aproveite o dia de hoje para meditar a respeito de como o Universo conspira para que sejamos doadores, criando situações e colocando-nos à frente de pessoas aptas a aceitarem nossa contribuição. Medite o quanto o dia de hoje está lhe beneficiando e de que maneira você pode estender essas bençãos para ou outros. Expresse os seus sentimentos mais profundos, generosamente, sem impedimento e, com certeza haverá que deles necessite neste momento. Abra-se para tudo o que a vida lhe oferece e crie com ela um intercâmbio de amor. Há melhor maneira de se viver o primeiro dia útil do ano?

Bom dia a todos!

sábado, 26 de dezembro de 2009

Carta do Dia: DOIS DE OUROS

 
Quem nunca teve que fazer verdadeiros malabarismos com dinheiro para que, ao final, todas (ou quase...) as contas pudessem ser pagas, por favor levante a mão... e pode considerar-se um privilegiado.
A maioria das pessoas passa por situações onde o famoso jogo de cintura é a única forma de contornar ou solucionar problemas e dificuldades de origens e tamanhos os mais diversos.
O 2 de Ouros é uma carta que nos fala exatamente da necessidade de harmonizarmo-nos, sabendo usar de todos os recursos materiais, mentais, emocionais e espirituais de que dispomos, para nos adaptarmos às situações que a vida nos impõe. Podemos fazer isso de maneira graciosa, como num verdadeiro balé onde os elementos se combinam, trocam de posições e funções e criam resultados belos e satisfatórios. Ou podemos ficar pelas esquinas dos nossos afazeres, obrigações, das nossas dúvidas e aflições, jogando malabares ao ar e deixando-os cair por não sabermos a nobre arte de bem manipulá-los.
Esse arcano nos fala, sobretudo, dos aspectos materiais da existência (Ouros = Terra) e, consequantemente, dinheiro é um tema recorrente quando essa carta se apresenta numa tiragem, como aconteceu nesta manhã, como a Carta do Dia.
Passadas as compras natalinas, onde poucos, muito poucos, não extrapolam os gastos, a maioria de nós acaba ficando com prestações demais a serem pagas, com saldos bancários e de cartões de crédito literalmente " estourados" ou com empréstimos feitos a juros impensáveis e lidar com isso, acabado o entusiasmo consumista, é muito difícil e exige responsabilidade, equilíbrio e, por que não, bom humor. Há que se concentrar, raciocinar a respeito,  buscar alternativas viáveis e harmonizar-se.
O 2 de Ouros nos fala em pesar prós e contras, refletindo a respeito e tendo prudência antes de agir. É também a carta que nos fala de reconhecer e integrar o equilíbrio das polaridades, do yang e yin. De que devemos cuidar do nosso desenvolvimento interior e de nossas realizações exteriores simultaneamente, sem dicotomizarmos ambas. Que temos de aprender encontrar novas formas de unirmos posições, que até o presente pareciam ser opostas, para, juntas, formarem uma totalidade.
Este arcano também nos avisa sobre as consequências de nos sobrecarregarmos apenas para buscar a admiração alheia. Ou de que não devemos nos dispersar em múltiplos objetivos apenas por sermos inconstantes. E, muito importante, não procurarmos, nas nossas aquisições, perdermos a felicidade e abdicarmos da qualidade daquilo pelo que lutamos.
Claro que, num enfoque bastante objetivo, essa carta nos fala de modificações, de intercâmbio, de troca de cargo ou de emprego, de reestruturação de negócios, sociedade, vida econômica ou familiar, da habilidade que temos (ou devemos ter) na administração de recursos, em equilibrar o trabalho com o prazer, em desenvolver mais de um trabalho ao mesmo tempo e até, pasmem, em cartas, avisos, mensagens e demais formas de comunicação (afinal é mais ou menos uma coisa que vai e volta, como os malabares nas mãos do artista).
Como uma mensagem desse arcano para o trabalho e, em especial, para que trabalha em grupo, cito algo que li há muito tempo e, confesso, não me lembro mais quem o disse, mas fica aqui como registro:
          "Se eu pretender que a construção de um barco seja bem sucedida, ao invés de ditar aos operários e artesãos regras e normas, muito antes de fornecer-lhes o material necessário à execução do projeto, eu lhes insuflarei nos corações o irresitível desejo pelo mar."
Ou seja: inspirar ao invés de comandar.
E como instrumento para meditação, o 2 de Ouros nos induz à percepção de que as coisas que, à primeira vista, opostas é simplesmente ilusão pois tudo, ao final das contas, são diferentes formas de uma mesma coisa.
Portanto, ter flexibilidade, permitir-se as mudanças, agir com bom senso, equilibradamente e procurando evitar os extremos, mas caminhar pelo "caminho do meio"  é uma fórmula segura de evitarmos grandes percalços na nossa estrada.
Ah, lembre-se também que Mudança é o apoio da Estabilidade.
Pense nisso e tenha um ótimo sábado!