_”Não senhora!!! De jeito nenhum! Filha minha não saí assim nem morta! O que que é isso, meu Deus? Vocês duas perderam o juízo? Onde já se viu??? Isso não é fantasia nem aqui nem lá na China! Isso é pouca vergonha, tá me ouvindo, pouca vergonha! E muito me admira a senhora, D. Maricota, achar que nossa filha pode sair pelada desse jeito pela rua! Onde já se viu??? Mas meu Deus do céu, onde é que nós estamos? Que mundo é este? Onde fomos parar? Já volta pra dentro e tira essa indecência do corpo! Já pra dentro, tá me ouvindo? Meu Deus o que é que os vizinhos vão pensar de mim? Que eu não soube educar minha única filha... Tá tudo perdido, meu Deus. E o que mais me deixa louco é ver que você fica acobertando essa... essa.. pouca vergonha... essa loucura da menina, Maricota. Que é que tá acontecendo nesta casa? Esclerosou, mulher?” _ ouvido de um senhor aposentado, vestido só com as calças do pijama, na porta de sua casa ao ver a filha saindo para brincar o carnaval com as amigas no bloco “Audácia é o que não me falta”
Este texto foi criado em 2011 para ser postado durante os dias de Carnaval.
É apenas um exercício associativo entre os 22 Arcanos Maiores do Tarot e personagens fictícios, sempre relacionados à festa de Momo.
Na ocasião em que foram publicados pela primeira vez havia um subtítulo: "O que se ouviu durante o Carnaval", pois o exercício compreendia criar um "monólogo" para cada personagem de tal forma que, através da sua fala, pudesse ser identificado não apenas o Arcano Maior que havia inspirado a sua criação, mas algumas das possíveis características, ou interpretações, desse mesmo Arcano.
(As imagens utilizadas foram retiradas da internet e tem motivo unicamente ilustrativo, em nada comprometendo ou relacionando o texto com a conduta ou personalidade da pessoa retratada)
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