_"É claro que sempre tem algum colega que vem fazer uma brincadeira, tirar uma com a minha cara, mas eles sabem que eu tenho o maior orgulho de ver minha mulher ali na avenida, toda linda, brilhando enquanto anima o pessoal da bateria. O que é bonito tem que ser visto e admirado, não é mesmo? Concorda comigo? Agora, a gente é parceiro, né. A gente se ama de verdade. Ela confia em mim e eu confio nela. Não é porque ela está aí, fantasiada, de biquíni, com todas essas plumas, cheia de brilhos e lantejoulas, linda de viver, que eu vou ficar desconfiando dela ou achando que ela vai me trocar. Que nada, cara! Ela me ama de verdade. Tamos juntos faz um tempinho e a gente se dá muito bem. Tamos até pensando em aumentar a família, sabe? Agora, que ela é linda, ela é mesmo, uai. Tem mais é que olhar pra ela. Eu não me importo com isso não, amigo, de jeito nenhum. Esse é o trabalho dela, e eu respeito. Às vezes, quando a foto dela sai no jornal ou nas revistas e o pessoal lá do escritório fica me zoando, eu fico meio chateado. Sabe, a gente é de carne e osso, né? Tem brincadeira que aborrece, que até magoa. Já fiquei mais chateado com isso. Já briguei muito, discuti, me descontrolei. Dei muita porrada em gente mais abusada. Sofri bastante, confesso. Mas agora estou muito mais controlado, muito melhor. Eu passo por cima, não dou bola, levo na esportiva e sigo minha vidinha. E, no fundo, no fundo, o que é que isso importa, não é mesmo? O que vale é que a gente se ama e ela é muito linda mesmo! Todo mundo olha, comenta, cobiça, mas quer saber de uma coisa? É comigo que ela volta pra casa. Que mais que eu posso querer nesta vida?" _ declaração do companheiro da rainha da bateria, quase ao final do desfile, enquanto ele a aguardava para voltarem, juntos, para casa
Este texto foi criado em 2011 para ser postado durante os dias de Carnaval.
É apenas um exercício associativo entre os 22 Arcanos Maiores do Tarot e personagens fictícios, sempre relacionados à festa de Momo.
Na ocasião em que foram publicados pela primeira vez havia um subtítulo: "O que se ouviu durante o Carnaval", pois o exercício compreendia criar um "monólogo" para cada personagem de tal forma que, através da sua fala, pudesse ser identificado não apenas o Arcano Maior que havia inspirado a sua criação, mas algumas das possíveis características, ou interpretações, desse mesmo Arcano.
(As imagens utilizadas foram retiradas da internet e tem motivo unicamente ilustrativo, em nada comprometendo ou relacionando o texto com a conduta ou personalidade da pessoa retratada)
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