sábado, 20 de fevereiro de 2010

Carta do Dia: REI DE ESPADAS

 

Arcano REI  DE  ESPADAS
Dia da Semana SÁBADO, regente SATURNO
Lua NOVA
Período PEIXES
Casa 12, regência NETUNO
Ano 3, influência VÊNUS
Era AQUARIO, influência URANO
 
Tarot__King_Of_Swords_by_blood4thine      Entramos hoje no Signo de Peixes, onde a sua natureza fluídica , hesitante, imaginativa, compassiva, maleável e mística será a influência a agir sobre todas as demais energias atuantes durante o seu período (19 de fevereiro a 19 de março). Portanto, alerta a avisos que chegam de forma direta, ou através de intuições, decidi aceitar um desafio que me foi proposto por uma grande amiga, mestra a quem devo a descoberta do verdadeiro significado do tarot. Rosa Silva, antropóloga de formação e dedicada sacerdotisa dos sistemas oraculares, onde o Tarot ocupa o lugar de predileto, apresentou-me ontem com um trabalho que vem desenvolvendo à anos para o aprofundamento da leitura dos Arcanos, utilizando-se de aspectos astrológicos e numerológicos. Essa “matriz”, verdadeira fórmula de imersão no estudo de cada carta, é um sistema por ela desenvolvido e que tive a honra de ser convidado a experimentar.
     Portanto, a partir de hoje, e sempre que possível, estarei me utilizando desse método para a Carta do Dia. Não mais estarei retirando aleatoriamente uma carta do maço, mas seguindo um plano baseado num conceito que envolve mais aspectos e redimensiona a visão do Arcano em questão. Hoje, por exemplo, é a vez do Rei de Espadas, arcano que já saiu na leitura do dia 6 deste mes (confira). Amanhã será a Rainha de Espadas, depois Cavaleiro de Espadas e assim por diante, passando todas as 14 cartas sequenciais de cada naipe, até voltarmos aos Arcanos Maiores, começando pelo Mago e seguindo até o Louco. Interessante, não? Bom, já que estamos na Casa de Netuno, uma casa de mistérios e segredos, quem sabe não é chegada a hora de começar a reconectar as postagens deste Blog com o Todo Cósmico, procurando trazer uma nova luz sobre elas, reparando erros involutariamente cometidos no passado e despertando a intuição para uma mais clara apresentação da maneira que eu compreendo e me utilizo dessas cartas.
    
     Passei as últimas duas semanas trabalhando num projeto novo, no qual tenho depositado muitas esperanças e dedicado grande parte do meu tempo. Acabei praticamente me isolando em casa, estudando, pesquisando, fazendo anotações sem fim, discutindo sozinho comigo mesmo e, às vezes, até em voz alta! Risível, não é mesmo? Pois é, eu também ri de mim ao me aperceber disso, e ao mesmo tempo, já fiquei alerta, achando estar paranóico, esquizofrênico, ou qualquer outra psicopatia da moda. Mas isso é para vocês verem o meu grau de interesse e envolvimento nesse projeto. São pilhas de livros a serem relidos, outros tantos a serem consumidos; é o manuseio nervoso de velhos cadernos, buscando informações que eu tenho certeza ter algum dia ali anotado e que, é claro, agora que eu preciso não as encontro.
   Concomitante a isso, aconteceu o tempo da angústia profunda vivida enquanto me decidia, finalmente, a dar mais essa “virada” na vida, modificar metas anteriormente planejadas, avaliar detalhadamente cada componente da oferta recebida, comparando-os ao que eu tinha como seguro, estável, acomodado, e nisso tudo, acaba-se fazendo mais um daqueles “fechado para balanço” da vida. Mais extenuante foram os encontros profissionais, onde todos os detalhes legais, burocráticos foram levantados, discutidos durante horas a fio. Concessões foram feitas de ambos os lados. Regras, normas, comando foram impostos. Outros detalhes ficaram pendentes, a serem reavaliados dentro de um prazo estabelecido. Advogados trouxeram sua orientação em inúmeras consultas, onde pré-contratos e promessas de compromisso eram redigidos, corrigidos, alterados, sob a imparcial visão da Justiça, ameaçadora com a sua espada em riste a nos lembrar da importância do compromisso que estávamos assumindo e das penalidades de toda a ordem que sofreríamos se os descumprirmos.
     Estabeleceu-se, finalmente, uma série de itens, que acabaram constituindo o corpo de um documento de aparência tão absurdamente séria, fria, distante, rígida, onde cada parágrafo soa como um novo código de leis inscritas, desta vez não em pedra, mas sobre papéis timbrados, selados, carimbados, com firmas reconhecidas, com o aval de todas as necessárias instituições que legislam, julgam e dão fé. Creio que ambos estejamos satisfeitos, assegurados dos nossos direitos e deveres após termos defendido, de maneira bastante diplomática e eloquente, as nossas posições. Cá entre nós, isso tudo é muito chato e só funciona mesmo é no cinema, onde a edição reduz a minutos o que na vida real é uma verdadeira eternidade.
     Agora, aqui estou eu digitando e percebendo claramente que eu mesmo vivi (e ainda estou vivendo) um Rei de Espadas. Isto é, uma situação claramente comparável ao arquétipo do Rei de Espadas, onde o raciocínio claro e lógico para fazer escolhas e tomar decisões, que são fundamentadas em aspectos codificados e embasados na ordem, nos códigos disciplinares, na jurisprudência, assessorado por especialistas e profissionais competentes (advogados), foram vividos intensamente. Houve muita politicagem de ambos os lados, muita diplomacia no trato e na explanação de interesses pessoais, evitando-se atitudes ditatoriais, mas procurando-se manter a necessária autoridade e controle da situação.
     Agora, utilizando a “matriz” tão generosamente fornecida pela Rosa Silva, posso ver mais claramente que o assunto (esoterismo, misticismo, oráculos) está entrando hoje em seu período mais oportuno que favorece o assunto em pauta _ tarot, astrologia, formas oraculares _(Peixes) , acabando uma fase restritiva (hoje é o último dia da Lua Nova), dentro de um ano que favorece a condução de negócios de maneira educada, elegante, com riqueza de sutilezas e bastante apaixonada (Venus) numa era (Aquario) que privilegia o idealismo, a evolução, a rebeldia, as mudanças. Saturno (afinal hoje é Sábado, seu dia) está aí para consolidar e estruturar todos esses planos, planejamentos e documentações legais, estabelecendo limites, regras e deveres, lembrando-nos, enfim, das nossas responsabilidades.
     Esse Rei de Espadas, poderoso e severo, sério e dedicado, disposto a usar a espada de seu intelecto na defesa de seus ideais e convicções, está num momento mais simpático, menos impositivo, mais sensível, disposto a ser mais misericordioso, dando atenção às suas intuições, ouvindo a sua voz interior e harmonizando-as com seu raciocínio naturalmente espartano. Não poderia deixar de ser assim, até mesmo para confirmar o que escreveu o poeta Vinícius de Moraes:

“………..

Hoje é que é o dia do presente

O dia é sábado.

Impossível fugir a essa dura realidade

…………….

Ao revés, precisamos ser lógicos, freqüentemente dogmáticos

Precisamos encarar o problema das colocações morais e estéticas

Ser sociais, cultivar hábitos, rir sem vontade e até praticar amor sem vontade

Tudo isso porque o Senhor cismou em não descansar no Sexto Dia e sim no Sétimo

E para não ficar com as vastas mãos abanando

Resolveu fazer o homem à sua imagem e semelhança

Possivelmente, isto é, muito provavelmente

Porque era sábado.”

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