TORRE

TORRE

Ontem, domingo, tirei o dia inteiro para mim. Havia guardado a caixa que o Correio me entregou durante a semana, com os novos livros encomendados e também alguns novos vídeos, e foi uma festa particular: ler, assistir aos filmes, ler, assistir...

Um dia sem compromissos, com o telefone desligado, com um festival de tentações ao paladar guardados na geladeira, o que mais podia desejar naquele momento? A semana passada foi agitada, de muitos afazeres em atividades diversas. Eu merecia e precisava dessa folga. Planejei tudo para que, imperando a lei do menor esforço, eu não tivesse que sair de casa para nada e pudesse ficar só, aproveitando o tempo em minha própria companhia. Egoísmo? Não, em absoluto. Creio que compartilho muito e com prazer, todos os dias, mas, convenhamos, há um momento que não apenas a bateria do celular se esgota. E eu estava sentindo que precisava desse recolhimento, desse ar de férias, fazendo o que mais gosto: ler e assistir filmes.

Torres são destacadas construções, de onde podemos ter uma visão mais global do que nos cerca. São também representações de isolamento, de afastamento, voluntário ou não, do chão, da realidade do dia a dia, de uma busca pessoal baseada na introspecção. Acho saudável e necessário, depois de tanto agito, trabalho, correria. E agora, refeito, retorno com alegria à minha rotina. Abre-se a porta da Torre e há todo um mundo, lá fora, me esperando. Boa semana a todos!

Alex Tarólogo
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