segunda-feira, 1 de março de 2010

Carta do Dia: 6 DE ESPADAS

    

Elemento Ar   (quente, úmido)
Título Esotérico Senhor do Sucesso Merecido
Astrologia Mercúrio em Aquário
Numerologia 6 :  harmonia, prazer, perfeição
Cabala Tiphareth (beleza) em Yetzirah (mente)
I Ching Chung Fu     image ,  verdade interior
Arcanjo Rafael, רפאל מלאך,  curador, médico
Dia da Semana Segunda-Feira,  regente Lua
Lua Cheia
Dia da Semana Segunda-Feira,  regente Lua
Signo Peixes,  regente Netuno
Ano 2010 (=3), regente Vênus
Era Aquário, regente Urano e Saturno

     vt6swords Desde sua concepção verdadeiras maravilhas e milagres aconteciam, prenunciando que a chegada de Buda era auspiciosa. Quando criança, seu pai consultou um conselho de sábios brâmanes que lhe disseram que o dia em que seu filho, chamado Siddharta, conhecesse a velhice, a doença e a morte, ele se tornaria um asceta. Apesar de todos os esforços empreendidos por seu pai, para que a profecia não se realizasse, Siddharta insistia em sair de dentro dos muros do palácio onde vivia.

     Um dia, após muita insistência, Siddharta pode finalmente passear pelas ruas da cidade e em seu caminho deparou com um velho que mal conseguia se amparar em seu cajado; com uma mulher gemendo de dor e com um funeral. Por último, deparou-se com um asceta mendicante que lhe disse que havia abandonado o mundo para, sobrepujando a alegria e o sofrimento, encontrar, finalmente a tão almejada paz em seu coração. Siddharta havia tomado conhecimento do sofrimento e da morte.

     A partir desse momento ele sabia que deveria partir, abandonando todos os confortos, os prazeres, a idéia de segurança que vivia. Difícil foi convencer seu pai, o rei, desse intento. Mais ainda difícil foi abandonar sua jovem esposa e seu filhinho. Uma noite, plenamente convencido de que essa era a sua missão, olhou pela última vez para a sua família que dormia, e silenciosamente despediu-se deles. Caminhou até as portas da muralha que circundava o palácio real onde vivia, abriu a grande porta, e, sem olhar para trás, partiu. Naquele momento morria o príncipe Siddharta para nascer o Buda, que iniciava a verdadeira viagem da sua alma.

     Há momentos em que somos forçados a abrir mão de algo que nos é muito importante e esse processo é, frequentemente, muito difícil. Todavia, a tristeza da “perda” será substituída por um esclarecimento muito maior, uma calmaria nas águas revoltas dos pensamentos e dos sentimentos, que proporcionará uma nova compreensão, um novo entendimento e aceitação das mudanças em nossa vida.  São muitas as ocasiões em que o que parece ser tristeza, dor e perda é simplesmente as dores do “parto” de um novo futuro e de uma mais pacífica experiência de vida.

     Certamente não foi fácil ao jovem Siddharta abandonar sua família, seus amigos, a proteção que recebia da corte, as delícias com as quais convivia dentro dos muros da casa paterna, o palácio. Foi-lhe doído abandonar a mulher amada, a esperança de assistir ao crescimento de seu filho, decepcionar as esperanças de continuidade de seu pai, dizer não a todos os benefícios e facilidades gozadas no seio da família. Trocar isso pelo desconhecido, por um mundo onde a realidade é nua e crua, onde a necessidade de sobrevivência é cotidiana, onde os ciclos da vida são vivenciados em todas as suas etapas causa dor, medo, angústia. Mesmo assim, Siddharta sabia que era chegado o momento. Ele acreditava na sua verdade interior.

     Numa leitura de tarot, quando o 6 de Espadas surge, dependendo sempre de sua posição e das demais cartas da jogada, além da questão proposta, ele pode significar que é chegado o tempo do consulente deixar a casa paterna e construir seu próprio caminho; que é necessário afastar-se um pouco para melhor avaliar a dimensão de um problema ou de uma situação; buscar segurança física, emocional ou mental em um outro lugar; estar cercado de pessoas vivendo uma mesma situação;  que é chegado um merecido tempo de descanso após uma árdua batalha; uma viagem, especialmente por navio, na companhia de várias pessoas; o término de uma dificuldade; encontrar seu próprio caminho; ser dono de seu próprio destino; poder contar com a ajuda de terceiros se quiser ou necessitar; buscar suas recompensas. 

     Nós criamos nosso próprio mundo, nossa própria realidade. Somos responsáveis pelas nossas escolhas e pelas suas consequências. Podemos aproveitar as energias positivas do Sol (vitalidade, consciência e poder) e de Júpiter (otimismo, abundância, conhecimento) que estão juntos no céu para reforçarmos as esperanças e nos abrirmos à espiritualidade. Como estamos sob a influência de Peixes, estamos num momento de maior receptividade, quando estamos propícios a compreendermos as nossas verdades, aquilo que o nosso coração sabe há muito. É uma excelente ocasião para buscarmos uma orientação espiritual que nos dê suporte para as nossas decisões. O Arcanjo Rafael, o curador, aí está a nos proteger nessa travessia, amenizando a dor das separações, do desapego, do abandono das limitações e nos harmonizando entre os planos físico, emocional e mental.

     Com a Lua na sua fase mais excessiva e Mercúrio, o viajante, nos sugerindo grandes e novas explorações, valendo-se do idealismo e do sentido de direção de Aquário (as qualidades fugazes e incertas de ambos são controladas por Saturno, um dos regentes de Aquário), podemos iniciar novos empreendimentos nos quais nos sintamos plenamente realizados. É chegada a hora de viver a sua verdade, por em ação aquilo que você quer realmente ser e fazer. Haja sempre com absoluta clareza, utilizando-se da lógica, da sua capacidade de raciocínio, de conselhos valiosos de quem mais sabe e da sua própria experiência pregressa. Mas invista nos seus sonhos, busque o seu caminho, ultrapasse as fronteiras do comodismo, tenha fé e acredite na sua voz interior.

     Lembre-se sempre que o real significado desta carta é: “O Sucesso após ansiedade e contratempos”, medite a respeito e tenha um ótimo dia e um excelente início de Março.

A sabedoria não se transmite. É preciso que nós a descubramos fazendo uma caminhada que ninguém pode fazer em nosso lugar e que ninguém nos pode evitar, porque a sabedoria é uma maneira de ver as coisas.”  _  Marcel Proust

 

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