Título | Trono do Ás de Pentagramas |
Elemento | Terra (Malkuth) da Terra(Ouros) |
Tetragramaton | He (final) |
Arcanjo | Sandalphon |
Nome Divino | Adonai Ha Aretz |
Mundo Cabalístico | Assiah (mundo da Matéria) |
Sephirah | Malkuth (Reino) |
Virtude | Discriminação |
Vício | Inércia |
Obrigações em cada Sephirah | Integridade |
Divindade na Árvore | Terra, Grão |
Atividade Social | Catalisador das Mudanças |
Arquétipo Social | Mensageiro, Enviado |
Planeta | Terra |
Signo | Touro, Virgem, Capricórnio |
Pedra | Cristal de Rocha |
O Pajem de Ouros é uma carta que nos desafia a redescobrirmos e reavaliarmos as nossas habilidades práticas, os nossos talentos e a nossa postura em relação ao mundo em que habitamos. Aquilo que muitas vezes parece comum, simples demais, frequentemente acaba-se revelando como o essencial, o indispensável, o que é singular, o que realmente importa. Não raro, temos que peneirar entre tudo o que nos parece familiar até descobrirmos algo que se destaque, que seja especial. E isso acontece conosco, com a nossa atitude a respeito dos nossos próprios talentos, capacidades, reais interesses, aptidões. Muitos de nós somos críticos demais, julgando-nos inaptos, sem nada que nos destaque ou que possa despertar o interesse alheio. Muitos de nós não conseguem sequer perceber qualquer dom. Isso acontece quando não nos levamos suficientemente a sério ou porque não sabemos exatamente o que é um dom, um jeito especial, uma capacidade, uma habilidade. Tendemos a acreditar que raríssimas pessoas os possuem, apenas aquelas que são “abençoadas” pelas musas, “bafejadas” pelos deuses. Nos fixamos nos exemplos de artistas, atores, profissionais de destaque, de desportistas famosos e acabamos nos sentindo como verdadeiras nulidades frente à contribuição que eles demonstram dar à humanidade, à história.
O que nos esquecemos é que todos, inclusive nós e esses famosos personagens, todos sem exceção, temos algum tipo de aptidão que nos destaca, que é única, que é fruto das nossas experiências pessoais. Tudo o que temos a fazer é simplesmente aprender a compreender o valor e a singularidade das nossas habilidades e vivências. Olhar-nos com um olhar infantil, de quem descobre pela primeira vez que consegue pegar o brinquedo que está sobre a mesa, ou que pode, engatinhando, aproximar-se da sua mãe, ou que consegue, usando ambas as mãos, levar um copo de líquido à boca. O Pajem de Ouros é uma criança (não necessariamente no sentido etário) e, portanto, ele precisa ser estimulado a descobrir o mundo, conhecer o ambiente onde atua, reconhecer signos, códigos, sons, cores, sinais, marcas, sem idéias pré-concebidas, mas deixando-se encantar e seduzir a cada novidade.
O motivo pelo qual frequentemente as pessoas bloqueiam esse estado de espírito que os induzem a serem novamente crianças, é o medo de se reencontrarem com os fantasmas do passado, que estão mal sepultados, e que irão, novamente, exigir uma confrontação. O que não devemos é nos atemorizar por isso, e sim manter a nossa procura, e a nossa avaliação das próprias experiências e dos seus resultados. Na maioria das vezes, encontramos as respostas certas para as nossas questões apenas examinando o nosso sistema de valores. O que foi que, com o tempo, perdeu a sua importância? O que é que agora ocupa um lugar de destaque nos nossos desejos, ambições, metas, planejamentos? O que foi que aprendemos e que podemos utilizar em nosso benefício e para a satisfação das pessoas que nos são queridas? O que é que sabemos fazer que nos dá imenso prazer e cujo resultado beneficia aos outros e a nós, da mesma maneira? Tudo pode ser valioso e especial em nós mesmos e em nossa vida, desde que nós consigamos identificar o que realmente nos distingue dos demais.
Quando, numa leitura de tarot, o Pajem de Ouros surge entre as demais cartas, sempre dependendo da sua localização na jogada, da sua relação simbólica com as outras, e da questão do Consultante, ele pode significar gravidez ou nascimento; novos projetos e novas oportunidades de ganhos materiais. Significa também a chegada ou anúncio de novidades, especialmente a respeito de assuntos financeiros ou de negócios. Uma nova oferta de trabalho ou uma nova posição dentro do trabalho atual são assuntos a serem considerados quando nos deparamos com essa carta. Ela, também, significa um treinamento, uma adaptação a um novo emprego, um novo aprender de regras ou ofício. Seguir novas instruções. Tudo isso porque o Pajem de Ouros é o arquétipo do aprendiz, da criança, da criança interior, do aluno, do estudante, do empregado, do mensageiro, do enviado, do correspondente.
Negativamente, qual mal posicionada, a carta do Pajem de Ouros pode evidenciar dificuldades na aprendizagem, falta de interesse, insegurança, abandonar uma situação, indolência, cansaço, sobrecarga, exaustão. Acontece em situações em que as pessoas sentem-se e agem de forma rebelde, pródiga, esbanjadora, sem perspectivas, presos a detalhes tolos ou inúteis, ou agindo de forma altamente crítica consigo próprio. Um dos aspectos mais negativos dessa carta pode ser encontrado nas pessoas que prejudicam a Natureza, desrespeitando-a, abusando de seus recursos, devastando florestas, secando e sujando rios, dizimando espécies animais e, até mesmo, deixando cair “disfarçadamente” aquele inocente papel de bala, seja nas cidades ou nos campos. Lembram-se da figura criada pelo governo na intenção de educar a população nos cuidados da higiene pessoal e na preservação do meio-ambiente, o “Sujismundo” ? Pois é: ele é o protótipo da pessoa que também pode ser identificada com as péssimas más qualidades do Pajem de Ouros, quando sai numa posição de obstáculo numa jogada.
Nesta quarta-feira, dia regido pelo célere mensageiro dos deuses, Mercúrio, e com a Lua vivendo os seus últimos momentos do Quarto-Crescente, ainda na casa de Escorpião, seria ideal que encontrássemos um tempo para darmos um passeio pela nossa cidade, ou pelo campo, e encarar isso como uma agradável aventura, cheia de pequenas e grandes descobertas maravilhosas. Da mesma forma que nos permitimos olhar para as ruas, jardins, animais, edifícios, campos, nuvens, mar, monumentos, repitamos o processo com a forma que conduzimos as nossas relações, com os nossos deveres, tarefas e obrigações. Tudo isso com o mesmo espírito de redescoberta. Tudo isso com o mesmo olhar atento e encantado de uma criança olhando e percebendo o mundo.
Que todos possam, hoje e sempre, cuidar do seu mundo, do seu “jardim pessoal” com todo o carinho e desvelo que ele merece, que nós merecemos. Nós e as futuras gerações agradecemos.
Olá Príncipe Alex
ResponderExcluirQueria muito me sentir um Pagem de Ouro.
Paz e bem!
Rosa Cristal